«Pode afirmar-se, sem sombra de erro, que ao longo dos tempos e em todas as regiões da Terra a alimentação constitui sempre um dos problemas fundamentais, se não mesmo o fundamental do homem, pois é nele que assenta a sua própria sobrevivência.
Hoje, com o aumento vertiginoso da população mundial, mais do que nunca se torna necessário conjugar todos os esforços no sentido de melhorá-la. Por isso, se aos higienistas e nutricionistas incumbe instruir o público sobre o modo de utilizar convenientemente os alimentos à sua disposição, aos economistas e sobretudo aos governos cabe a grande responsabilidade de fazer aumentar os recursos alimentares e cuidar duma equitativa distribuição dos bens alimentares pela comunidade nacional.(…)
O estudo da geografia alimentar diz-nos que o homem que vive segundo a natureza não tem os preconceitos dos povos civilizados, alimentando-se do que vê e lhe apetece, quer se trate de alimentos de origem vegetal quer de origem animal.
Já Avicena, médico da Idade-Média, dizia que se o corpo do homem é são, todas as coisas que lhe dão melhor sabor são as que melhor o alimentam.»
Série Estudos
Instituto Nacional de Estatística - Balanças alimentares : a balança alimentar do continente português : período 1963-75. Lisboa : Imprensa Nacional, 1977 (Série Estudos, ISSN 0373-3162 ; 51). Disponível na www: <url:https://www.ine.pt/xurl/pub/265129110>