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Preços na produção diminuem mais intensamente e preços no consumidor continuam a desacelerar
Síntese Económica de Conjuntura
Preços na produção diminuem mais intensamente e preços no consumidor continuam a desacelerar - Junho de 2023
19 de julho de 2023

Resumo

Em junho, o indicador de sentimento económico da Área Euro (AE) diminuiu, prolongando o perfil descendente observado desde fevereiro. Os preços das matérias-primas e do petróleo apresentaram variações em cadeia de 1,1% e -0,6%, respetivamente (-6,1% e -10,0% em maio). 

Em Portugal, o índice de preços na produção industrial apresenta um perfil descendente ininterrupto desde julho de 2022, registando taxas de variação homóloga negativas entre abril e junho de 2023 (-0,9%, -3,5% e -5,8%, respetivamente), o que não acontecia desde fevereiro de 2021, após crescimentos de 8,9% e 0,1 % em fevereiro e março. O agrupamento de Energia foi decisivo para a redução do índice total, com taxas de -20,8% e -24,7% em maio e junho, respetivamente. Excluindo a componente energética, este índice desacelerou para 0,8% (2,2% em maio). O índice relativo aos bens de consumo registou uma variação homóloga de 6,4% (8,1% no mês anterior), desacelerando pelo sétimo mês consecutivo, após ter atingido em novembro o valor mais elevado da série (16,2%).

Por sua vez, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) diminuiu para 3,4% em junho, taxa inferior em 0,6 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior, sendo esta desaceleração em parte explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços dos combustíveis verificado em junho de 2022. O índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou, passando de uma variação homóloga de 8,9% em maio para 8,5% em junho. Na vertente externa, os preços implícitos das exportações e das importações de bens registaram, em maio, variações de -2,3% e -6,5%, respetivamente (0,7% e -5,0% em abril).

Os indicadores de curto prazo relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para maio, apontam para uma diminuição na indústria e uma aceleração nos serviços e na construção. Na perspetiva da despesa, o indicador de atividade económica aumentou de forma mais intensa em maio, verificando-se um aumento do indicador de investimento e uma desaceleração do indicador de consumo privado. Por sua vez, o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, estabilizou em junho, após ter diminuído no mês anterior.

De acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (16 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi de 6,4% em maio, valor inferior em 0,1 p.p. face ao registado no mês anterior (6,9% em fevereiro e 6,0% em maio de 2022). A taxa de subutilização do trabalho (16 a 74 anos) foi de 11,9%, valor idêntico ao registado no mês anterior (12,1% em fevereiro e 11,5% no período homólogo do ano anterior). A população empregada (16 a 74 anos), também ajustada de sazonalidade, aumentou 1,3% em termos homólogos e 0,1% face ao mês anterior (variação homóloga de 1,0% em abril).


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