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COVID-19: uma leitura do contexto demográfico e da expressão territorial da pandemia - Dados até 21 de outubro
Indicadores de contexto para a pandemia COVID-19 em Portugal
COVID-19: uma leitura do contexto demográfico e da expressão territorial da pandemia - Dados até 21 de outubro
23 de outubro de 2020

Resumo

A expressão da pandemia continua a ser caracterizada por uma elevada heterogeneidade territorial. Alguns dos resultados apurados foram os seguintes:
• Desde o início de março que o número preliminar de óbitos em 2020 para o total do país, aferidos às últimas quatro semanas, se mantém superior ao registado no período homólogo de referência (média para o mesmo período em 2018 e 2019). Em 167 dos 308 municípios portugueses em que reside 68% da população, o número de óbitos entre 14 de setembro e 11 de outubro de 2020 foi superior ao valor homólogo de referência.
• A análise da mortalidade, controlando o efeito da estrutura etária da população a partir do cálculo de taxas de mortalidade padronizadas pela idade, permitiu também verificar um aumento da incidência da mortalidade nos meses de março a setembro de 2020 face ao período homólogo de referência na maioria das regiões.
• A 21 de outubro registou-se o maior número de novos casos (valores acumulados dos últimos 7 dias) em Portugal: 16 247 novos casos (correspondentes a 15,8 novos casos por 10 mil habitantes), o que representa um crescimento de 165% em relação a 7 de outubro, data de referência do último destaque.
• A 18 de outubro, data da última atualização de dados ao nível do município, foram registados 13 947 novos casos (correspondentes a 13,5 novos casos por 10 mil habitantes) e ao nível das regiões NUTS II, este valor foi superado apenas pela região Norte (14,1 novos casos por 10 mil habitantes). Os novos casos registados nos últimos 7 dias nesta região representavam 36% do total de novos casos observados para o país. Destaca-se ainda que as sub-regiões Tâmega e Sousa e Terras de Trás-os-Montes, ambas localizadas na região Norte, foram as únicas a superar a média nacional de novos casos por 10 mil habitantes.
• A análise focada nas últimas duas semanas destaca para a Área Metropolitana de Lisboa (AML) taxas de crescimento inferiores àquelas observadas para o total do país, mas para a Área Metropolitana do Porto (AMP) o ritmo de crescimento foi superior ao nacional. Na semana terminada a 18 de outubro esta taxa foi +64,3% na AML e +95,5% na AMP enquanto o crescimento no país foi +73,7%, registando-se, assim, uma diminuição da importância relativa do número de novos casos (últimos 7 dias) no caso da AML e um aumento da importância relativa do número de novos casos na AMP.
• A 18 de outubro de 2020, 34 municípios registaram um número de novos casos confirmados com a doença COVID-19 (últimos 7 dias) por 10 mil habitantes superior à média nacional, dos quais 24 pertencem à região Norte e onde reside 39% da população da região. Deste conjunto, evidenciaram-se seis municípios com valores superiores a 25 novos casos por 10 mil habitantes: Paços de Ferreira (99,6), Lousada (55,4), Felgueiras (27,3) e Penafiel (25,2) no Tâmega e Sousa e os municípios de Paredes (27,9) e Porto (26,0) na AMP.
• Na AML, quatro municípios apresentaram valores acima da média nacional (representando 46% da população da região): Sintra (16,7), Lisboa (15,3), Cascais (14,7) e Loures (13,9).


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